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O Ilustre Piedadense - Thiers Cunha

 

Por muito que se procure “passar o tempo” fora de casa, ainda a melhor ocupação dos nossos tempos livros é a leitura: jornais, livros e, porque não dizê-lo, o facebook trocando notas e comentários com “amigos”…

Assim sendo, como já sabem, mãos amigas vão-me fazendo chegar a Lisboa os jornais regionais e num deles, o Diário Insular de 18 de Novembro de 2012 trazia uma interessante entrevista com o amigo Sr. Thiers Cunha, próspero comerciante na cidade da Praia da Vitória e que tive o prazer de conhecer, em 1975 na Piedade, fugazmente é verdade, mas depois enquanto autarca, um e outro, cruzámo-nos durante esses três anos em que ele assumiu a presidência da edilidade praiense, nos diversos areópagos em que os autarcas procuram melhor formação e novos saberes na difícil área da gestão autárquica.

Voltando à sua entrevista ao DI que vou citar com a devida vénia, é interessante repescar a sua infância e juventude:
“Thiers Cunha nasceu na freguesia da Piedade, ilha do Pico, a 17 de novembro de 1938. Os pais escolheram um nome pouco comum e que terá origem num político do século XIX ligado ao liberalismo francês, Adolphe Thiers. Oriundo de uma família com bons recursos financeiros no contexto da Piedade dos anos 30, Thiers Cunha é o mais novo dos 12 filhos. O pai foi regedor da freguesia e responsável pela construção de algumas infraestruturas da freguesia como os principais arruamentos em piso de bagacina, uma vez que o tempo do asfalto ainda vinha longe. Frequentou o ensino primário na escola da Piedade e com 14 anos de idade empregou-se numa loja de fazendas, onde permaneceu durante cinco anos, até à altura em que resolveu concorrer a um emprego na Base das Lajes. “Cheguei à Terceira em março de 1958 para trabalhar no escritório de uma empresa de construção civil que trabalhava para os americanos. Depois fui trabalhar num escritório da Base das Lajes, onde chegava a escrever à máquina oitenta palavras certas por minuto”, recordou. (…) Com a instabilidade laboral, Thiers Cunha abandonou a Base das Lajes e decidiu abrir, em maio de 1971, estabelecimentos comerciais para a venda de vestuário para adulto e criança na Praia da Vitória, atividade que ainda hoje mantém. (…) Em 1976, integrou a direção do Lar de Idosos D. Pedro V, na Praia da Vitória, numa altura em que as instalações eram muito precárias. Empenhou-se na melhoria da condições do antigo Asilo da Praia (…) Depois de ter recusado liderar a comissão administrativa da Câmara Municipal da Praia da Vitória, logo após o 25 de abril, surge em 1986 o convite para liderar a lista candidata do PSD à autarquia praiense. Depois de muita insistência de vários dirigentes do partido acabou por aceitar o convite. Apesar das limitações financeiras que a autarquia da Praia da Vitória tinha nessa altura efetuou diversas obras na rede viária de saneamento básico quando ainda não havia fundos comunitários. Empenhou-se na recuperação da “Casa das Tias” e no parque natural do Paul, projetos que não conseguiu concretizar. Quando terminou o mandato, em 1989, não foi convidado pelo PSD e recandidatar-se e o partido perdeu pela primeira vez a autarquia da Praia, que passou a ser liderada por uma coligação PS/CDS. “Nunca precisei da política para nada. Por isso se me convidassem não aceitava continuar na câmara porque não me interessava”, acrescentou.” (fim de citação)

Aquando da homenagem que a Junta de Freguesia da Piedade prestou ao seu ilustre filho o benemérito comendador Matos Souto, na passagem do centenário do seu nascimento em Setembro de 2008, o Sr. Presidente da Junta da Piedade leu o trabalho alusivo ao momento e da autoria do nosso amigo Sr. Thiers Cunha, que ali não pode estar presente, por motivos de saúde,  mas que mesmo assim não quis deixar de colaborar e muito a propósito refira-se, com a sua freguesia e suas gentes.

Um Piedadense que nunca esqueceu e que sempre se orgulhou e orgulha da sua terra de nascimento e a quem modestamente aqui prestamos a nossa homenagem muito amiga.

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